Com duas manchetes preocupantes um dos principais jornais impressos do RN registrou na última semana o aumento desenfreado dos crimes violentos praticados no Estado.
Uma constatação, a priori, que vem sendo gradativamente comprovada, por meio de estudos e dados estatísticos, é que onde menos há investimentos em infraestrutura e equipamentos sociais, certamente os índices criminais aumentam. Infelizmente no RN não tem sido diferente.
Conforme os números da violência em Natal, há uma divisão social do crime violento. Ou seja, nas áreas mais carentes da capital prevalecem os números mais elevados de homicídio.
O que há por trás dessa constatação?
Um estudo de compilação de dados acerca da temática, denominado "Mapa da Violência", que é organizado pelo sociólogo Julio Jacobo, editado desde 2006 no país e podem ser acessados neste link, demonstra um crescimento acelerado dos crimes violentos e as circunstâncias que os cercam.
Fonte:
Disponível em: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/rn-atinge-marca-de-1-900-mortes-violentas/366782. Acesso em 19 Dez 2016.
Disponível em: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/rn-registra-uma-morte-a-cada-4h24/366875. Acesso em 20 Dez 2016.
Vou te fazer uma pergunta e gostaria que fosse sincero!
Você é preconceituoso? Sim ou não? Reflita.... Pensou?
Agora assista ao vídeo abaixo e tire suas próprias conclusões!
No dia 20 de novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra, no Brasil, que foi instituído em 10 de novembro de 2011. Na data é comemorado o dia do falecimento de Zumbi dos Palmares, de acordo com a Lei Federal nº 12.519/2011. A alusão é uma tentativa do Estado Brasileiro em, ao mesmo tempo que promove uma reflexão acerca da realidade da população negra no país, também, simboliza a luta de entidades afrodescendentes em se afirmar na sociedade, como representantes de cidadãos de direitos que, rotineiramente, têm seus direitos negados.
É importante enfatizar que por si só a lei não acabará com o racismo no país. Então, faça sua parte para acabar com a intolerância, seja ela de qual tipo for.
Uma constatação dessa realidade é que morrem quase três vezes mais negros no Brasil do que pessoas brancas. Para saber mais clique no link Mapa da Violência do Brasil/2016.
É possível falar de conhecimentos científicos em um pub? Isso mesmo em um pub! Este é um programa inovador de levar resultados de teses de doutoramento da Universidade do Minho (Uminho), em Portugal, para o público, em geral e, em ambiente diferenciado e informal.
Não acredita, veja o post na íntegra logo abaixo e tire suas próprias conclusões!
PubhD UMinho - Consegue explicar o seu doutoramento num pub?
Fotos
quinta-feira, 24/11/2016 Bar Sé La Vie, Braga
O ciclo "PubhD UMinho - Consegue explicar o seu doutoramento num pub?" surgiu em janeiro de 2016, através do projeto STOL - Science Through Our Lives, ligado à Escola de Ciências da UMinho. PubhD ("jogo" entre Pub e PhD) é uma atividade de comunicação de Ciência lançada em janeiro de 2014 no Reino Unido. Consiste em encontros abertos em bares, onde estudantes de doutoramento são desafiados a explicar a sua tese de doutoramento ao público em geral, num ambiente descontraído e informal, com uma linguagem e profundidade adequadas.
PROGRAMA
- 28 de janeiro | 21h00 | Convívio Bar Associativo, Guimarães * Daniela Batista (Biodiversidade em Água Doce): "Nanopartículas de prata?" * Francisco Carvalho (Ecologia e Conservação): "Espécies invasoras?" * Pedro Castro (Biologia Sintética): "Domesticar bactérias?"
- 27 de fevereiro | 21h00 | Bar Sé La Vie, Braga * Daniel M. Ferreira (Engenharia Ambiental): "Morcegos, aves e parques eólicos" * Paula Encarnação (Enfermagem): "Sofrimento, fé e esclerose múltipla" * Eduardo Brito (Informática): "Será que funciona?"
- 31 de março | 21h00 | Convívio Bar Associativo, Guimarães * André Silva (Psicologia): "Atratividade e atenção, memória e percepção do tempo"
* Rita Silva (Medicina): "Células reguladoras na infeção por HIV"
* Sara Catarina Silva (Geografia e Planeamento): "A Geografia do Crime"
* André Carvalho (Engenharia Industrial): "Tecnologia, modelos de excelência operacional e cultura das organizações"
* Madalena Esteves (Neurociências): "Lateralidade cerebral e cognição"
* Sandra Costa (Engenharia Eletrónica): "Robótica afetiva no desenvolvimento sócio-emocional de crianças com autismo"
- 19 de maio | 21h00 | CAR - Circulo de Arte e Recreio, Guimarães
* Gabriela Jobim (Design Têxtil): "Mobiliário urbano inteligente"
* Joana Silva (Genética Molecular): "Stress crónico e Alzheimer"
* Sara Gonçalves (Filosofia): "Luz! Câmara! Ação! Filosofia e Cinema"
- 05 de julho | 21h00 | Bar Sé La Vie, Braga
* Carla Hiolanda (Psicologia da Educação): "O impacto dos doutores-palhaço"
* João Silva (Biologia Molecular): "Como iludir células cancerígenas"
* Laylla Coelho (Nutricionismo): "As qualidades nutricionais do amaranto"
- 21 de julho | 21h00 | Convento do Carmo, Braga * Carla Capelassi (Design Têxtil): "Tirar as medidas às brasileiras"
* Celestino Magalhães (Educação e TIC): "Tecnologia móvel para aprender melhor"
* Patrícia Fernandes (Filosofia): "O poder revolucionário da linguagem"
- 30 de setembro | 21h00 | Museu D. Diogo de Sousa, Braga
* Francisca Reis (Biologia): "Sobreiros com pé de atleta"
Saudações caríssimos (as)! Em breve estarei divulgando, aqui, algumas temáticas do meu primeiro livro, intitulado "FORMAÇÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO POLICIAL-MILITAR NO SÉCULO XXI:
diagnósticos e perspectivas". O trabalho é um dos produtos da Dissertação, em Ciências Sociais, UFRN/2009, em que discuto alguns pontos críticos (às vezes intocáveis nas Corporações policiais), como a desmilitarização, formação versus profissionalização, a dicotomia do policial militar e o militar policial, entre outras. Por ora, socializo uma matéria interessante, do site UOL, que traz para discussão temáticas nevrálgicas, como enfatizado acima, que são evitadas e muito criticadas nas instituições policiais. Esses assuntos, inclusive são objetos de estudos da nova geração de policiais que se dedicam a desvelar e entender a segurança pública, a partir de uma perspectiva científica. Essa é a nossa forma de fazer segurança, buscando desvelar a essência da realidade que se apresenta como evidente. Muitos não se conhecem, mas a Internet tem propiciado que seus estudos e pesquisas, gradativamente, sejam publicizados. Assim, vejam abaixo uma matéria que mostra quem são esses novos operadores de segurança pública. Quem são os policiais que querem a legalização das drogas e o fim da violência
Três adolescentes apanham de uma fila de policiais militares. É Carnaval em João Pessoa, e os jovens invadiram um orfanato para roubar uma televisão e uma bicicleta. "Onde está a arma?", perguntam os policiais. Entre uma pancada e outra, dois cadetes que acompanhavam a operação saem da sala.
A cena, que teria acontecido em 2006, foi descrita à BBC Brasil por um dos cadetes que reprovaram a abordagem - a Secretaria de Segurança da Paraíba não se pronunciou até a publicação desta reportagem.
Dez anos depois e agora capitão da PM, Fábio França diz que ainda rejeita a violência na instituição. Ele faz parte de um grupo de policiais civis e militares que se autodeclaram "antifascistas" e criticam a política de segurança pública adotada no Brasil.
Espalhados pelo país, seus integrantes - grande parte deles acadêmicos ou com pós-graduação - querem o fim da militarização e a legalização das drogas.
"O que me levou a despertar foi tentar entender que mundo era esse. Percebi o comportamento dos meus colegas e isso foi me angustiando. Queria saber por que se transformavam naquilo", diz França, que então decidiu fazer mestrado e doutorado em sociologia. "Procuramos que a PM se reencontre com as instituições democráticas."
Para fazer esse debate, o grupo se organiza há alguns anos pela internet e em eventos de associações como o Leap (agentes da lei contra a proibição das drogas). Um dos sites que concentra essa discussão, o Policial Pensador, teve 200 mil visualizações desde que entrou no ar, em 2014. Criada pelo tenente Anderson Duarte, do Ceará, a página reúne artigos sobre temas como redução da maioria penal.
Duarte, de 33 anos, diz que a convergência dessas ações nos últimos anos foi provocada pelo maior acesso dos profissionais de segurança à educação e pelo fortalecimento de um discurso conservador, que gerou a necessidade de um contraponto. "Muitos pares têm pensando de forma diferente e faltava um espaço para discussão. Sempre partimos do ponto de que não existe democracia sem polícia, e aí perguntamos: que polícia nós queremos?"
Na busca pela melhoria da qualidade dos serviços prestados à sociedade potiguar, a PMRN realiza seu I Encontro de Planejamento Estratégico.
Comandante da PMRN - Cel Dancleiton Pereira Leite
O workshop ocorreu na última quarta-feira (13), no hotel Imirá Plaza, na Via Costeira de Natal/RN, sendo aberto pelo Comandante Geral, o Cel PM Dancleiton Pereira Leite, que enfatizou a importância do evento, dado à premente necessidade da segurança pública estadual em dar resposta plausível às novas demandas sociais.
Subcomandante da PMRN - Cel Sairo Rogério
Cercado por um visual belíssimo das exóticas praias da capital potiguar foram realizadas exposições por parte dos Grandes Comandos, Diretorias e Seções do Estado Maior, acerca das políticas e ações que vêm sendo desenvolvidas na instituição, bem como as que estão em processo de planejamento.
Subdiretor de Ensino - TC Silva Júnior
Divididas temáticas, ao final de cada bloco eram realizadas perguntas, comentários e sugestões para o respectivo setor, que fazia suas considerações e acolhia o assunto abordado para análise posterior.
Comissão dos editais para os concursos da PMRN
O evento foi finalizado com o discurso do atual Secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, o General, Ronaldo Pierre Cavalcanti Lundgren, que também enfatizou a importância de eventos dessa magnitude, agradecendo e incentivando a PMRN e seus integrante pelo trabalho que desenvolvem para segurança pública no RN.
Fonte: http://www.pm.rn.gov.br/Conteudo.asp?TRAN=PASTAC&TARG=3699&ACT=&PAGE=&PARM=&LBL=1%BA+Encontro+de+Planejamento+Estrat%E9gico+da+PMRN+-+13+de+julho+de+2016>. Acesso em: 15 jul 2016. Site da PMRN link.
Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, desde 2012, quando da implantação da "lei seca", cada vez mais adultos na faixa etária de 18 a 24 anos pensam duas vezes antes de dirigir após consumir álcool.
De fato, isto é muito positivo, tendo em vista que muitas vidas, vítimas potenciais de motoristas alcoolizados estão sendo preservadas.
Quatro capitais se destacaram passando de 50% o índice da redução: Fortaleza, Maceió, João Pessoa e Vitória. Em Natal, a redução de motorista pegos conduzindo veículos alcoolizados teve chegou a 24%, desde 2012.
No entanto, nem todos tomaram consciência ainda. Em Cuiabá e Boa Vista ocorreu aumento de aproximadamente 15%, no mesmo período.
Para ler a reportagem na íntegra basta acessar este link !
Fonte:
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/naomero-de-adultos-que-bebem-e-dirigem-cai-24-2-em-natal-segundo-o-minista-rio-da-saaode/349685. Acesso em 19 jun 2016.
II Encontro Nacional de Pesquisas e Prática em Educação/UFRN-2016
O vídeo da conclusão da apresentação pode ser acessado qui.
A
profissionalização de uma atividade ou ocupação laboral passa por processos na
tessitura social que compreendem aspectos políticos, ideológicos científicos
econômicos, filosóficos e éticos até constitui-se com profissão (FRIEDSON,
2016). Neste estudo a questão é colocada, a partir da experiência da Polícia
Militar do Rio Grande do Norte (PMRN),
analisando a possibilidade de auferir se uma atividade ocupacional, já cumprira
os requisitos estabelecidos na Sociologia das profissões e nas normas
reguladoras (BRASIL, 2008) para ser
reconhecida profissionalmente. Após o estabelecimento do modelo moderno de
polícia, por volta do século XIX e sua atuação até os dias atuais esse percurso
histórico pode ser entendido como um processo de profissionalização,
especialmente sob a ótica de pesquisadores como Silva (1990); Greene (2002); (Bayley
(2006), que descrevem como as instituições policiais percorreram a busca desse
status profissional. Outras pesquisas dão conta que esse nível profissional
ainda não fora alcançado, em face de uma série de fatores, especialmente, a
partir dos estudos de Caldeira (2003) que contesta as ações policiais militares
no estado de São Paulo. Silva (1990) após a CF/88 discute o papel polícia
brasileira, tendo como background da
abordagem a relação dialética entre o profissionalismo e o amadorismo da
polícia brasileira. Com burocratização do Estado moderno e a necessidade desse
aparelho de Estado (ALTHUSSER, 1974) atuar de forma mais sistematizada, após a
Revolução Industrial, as polícias passam por um processo de racionalização. Neste
estudo serão considerados três: a polícia pública e privada; a especialização
dessas instituições; e sua profissionalização (BAYLEY, 2006). O estudo está
fundamentado na perspectiva na Sociologia das profissões (DUBAR, 1997);
(FREIDOSN, 2016) e considera três
categorias basilares para a profissionalização de uma atividade ocupacional: profissionalidade, profissionalismo e profissionalização
(RAMALHO, NUÑEZ, GAUTHIER, 2004). A pesquisa é parte integrante da tese de
doutorado na Base de Pesquisa Formação e Profissionalização Docente na UFRN
(2014/2017). A fase empírica será na PMRN, com policiais dos cargos de
soldados, cabos e sargentos, em processo de formação continuada no Centro de
Formação e Aperfeiçoamento da PMRN, em 2016. Serão aplicados questionários abertos
e a partir da análise de discurso (ORLANDI, 2000), buscar-se-á os sentidos que
os PMs atribuem à sua tomada de decisão na sua atividade laboral, tendo como background a discussão acerca da
profissionalização dessa atividade ocupacional. Nessa perspectiva, a especialização da polícia ocorre pela
seleção, formação e contínuo treinamento para o controle do crime (PONCIONI,
2005) que estaria legal e legitimamente autorizada ao uso da força, pelo qual
seriam oficialmente controlados e fiscalizados, interna e externamente(GREENE,
2002). A profissionalização é a
forma, meio e processo, pelo qual a corporação policial e seus membros adquirem
o status de instituição legal e legitimamente reconhecida pela sociedade (Bayley
2006). Traça-se um paralelo entre as proposições de Bayley acerca de uma
polícia profissional e não-profissional com as considerações de Silva (1990), Caldeira
(2000) e Poncioni (2005; 2007), buscando compreender se essas características
por eles discutidas podem contribuir para construção de um arcabouço teórico, científicos
de profissionalização. É justamente o aspecto da profissionalização que vai
constitui a identidade da polícia moderna nas instituições policiais que foram
criadas ou reorganizadas nos moldes contemporâneos, no final do século XIX, em
especial a europeia e norteamericana. A
profissionalização, nesse contexto, conota uma atenção explicita dada à
conquista da qualidade no desempenho” (BAYLEY, 2006). Assim, enfatiza-se que o saber
policial militar, como mecanismo de profissionalização de um corpo ocupacional,
não pode ser apenas prático, mas precisa, ser embasado cientificamente,
institucionalizando-se em conhecimento profissional, especialmente na
perspectiva de abordagem da conduta profissional desse métier (DUBAR, 1997). No
Brasil (CBO/2008), as profissões são legalmente conferidas aos profissionais de
nível superior, formados em estabelecimentos oficiais, público e privados,
reconhecidos. Neste estudo, além das concepções de profissionalização defendidas
por Claude Dubar, utiliza-se as
definições de competência de Perrenoud (1999) como aptidão ou capacidade de
mobilizar saberes. em especial, àqueles que devem ser trabalhadas para solução
de problemas (NÚÑEZ; RAMALHO, 2004). Silva (2007) ao estudar os saberes
profissionais do policial militar no estado do Rio Grande do Norte descreve
seis modelos de saberes dessa atividade profissional: 1. Trabalhar questões
relativas à ordem pública; 2. Atuar contra a criminalidade; 3. Defender pessoas
e patrimônios; 4. Atuar preventivamente pelo policiamento ostensivo; 5. Trabalhar
problemas de outrem em apoio; e 6. Atuar em problemas críticos. Greene (2002) a
partir de suas pesquisas, nas polícias europeias e americana defende que há
três fontes de conhecimento na atividade policial: “1) experiência no trabalho,
2) julgamentos de valor e opiniões de especialistas da polícia, e 3) teoria e
técnica emprestadas de outras disciplinas” . No país, a partir de 2003, com a
implementação da Matriz Curricular Nacional (BRASIL, 2014), para formação e
requalificação dos operadores de segurança Pública, esses paradigmas têm mudado
significativamente, tendo em vista que a formação básica para os policiais
militares e civis é atualmente de 908 horas/aula, tornando-se um desafio à formação
de um policial na perspectiva de um “novo modelo profissional (PONCIONI, 2007).
O trabalho apresenta um rol de conhecimentos e saberes específicos da atividade
policial militar, os quais tiveram como referência, a Matriz Curricular
Nacional (BRASIL, 2014), a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO/2008) e
algumas pesquisas acerca da profissão, cultura e identidade policial militar no
Brasil.
ALTHUSSER,
Luis. Ideologia e aparelhos ideológicos
de Estado. Lisboa, Presença, 1974.
BAYLEY,
David H. Padrões de policiamento: uma análise internacional
comparativa. Tradução de René
Alexandre Belmonte. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2006.
(Série Polícia e Sociedade, n. 1)
BRASIL.. Classificação Brasileira de Ocupações. 2ª Edição. Brasília: Ministério
do Trabalho e Emprego, 2008.
______.
Secretaria Nacional de Segurança Pública/Senasp Ministério da Justiça
Secretaria Nacional de Segurança Pública/Senasp. Matriz curricular nacional para a formação em segurança pública.
Departamento de Pesquisa, Análise da Informação e Desenvolvimento de Pessoal em
Segurança Pública. Coordenação-geral de
ensino. Brasília: SENASP, 2014.
CALDEIRA,
Teresa Pires do Rio. A polícia uma longa história de abusos.
In: Cidade de muros: crime segregação e cidadania. Ed. Edusp. 2000.
CARUSO,
MUNIZ e CARBALLO BLANCO (orgs.). Polícia,
Estado e Sociedade: Práticas e Saberes Latino-americanos. Rio de Janeiro, Ed. PUBL!T, 2007, PP: 21-73.
Disponível em: <https://sites.google.com/site/estantedejacquelinemuniz/>. Acesso em 01 nov. 2015.
DUBAR,
Claude. A socialização: construção
das identidades profissionais. (Trad.) Anenette Pierrette R. Botelho e Estela
Pinto Ribeiro Lamas. 2ª Edição. Portugal, 1997.
DURKHEIM,
Émilie. Da divisão do trabalho social.
(Trad.) Eduardo Brandão.2ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
______.
As regras do método sociológico. SP: Martin Claret, 2002.
GREENE, Jack R. Administração do trabalho policial: questões e análises. (Trad.)
Ana Luísa Amêndoa Pinheiro. São Paulo: Edusp, 2002 (Coleção Polícia e
Sociedade, n. 5).
LEMGRUBER, Julita. Quem vigiar os vigias? Um estudo sobre
o controle extreno da polícia. Rio de Janeiro: Record, 2003.
PERRENOUD, Philippe. Construindo
competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.
PONCIONI,
Paula. Tendências e desafio na formação
profissional do policial no Brasil. Revista Brasileira de Segurança
Pública Ano 1 Edição 1
2007, p. 22-31
ENGELS,
F. MARX,
K. A ideologia alemã. (Trad.) Frank Muller. São Paulo: Martin Claret, 2012. (5ª
reimpressão).
RAMALHO,
Betânia; NUÑEZ, Isauro Beltrán; GAUTHIER, Clemont. Formar o professor, profissionalizar o ensino: perspectivas e
desafios. Porto Alegre: 2ª edição. Sulinas, 2004.
SILVA, Jorge da. Controle da criminalidade e segurança pública na nova ordem constitucional.
Rio de Janeiro: Forense, 1990.
SILVA, Sairo Rogério da Rocha e. Os saberes em potencial da atividade
policial ostensiva: sistematizando modelos a partir da experiência potiguar.
2007. 216f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande
do Norte. Centro de Educação. Programa em Pós-graduação em Educação.
SILVA, Antônio Marinho da. Manual básico de técnicas policiais.
Natal: PMRN, 2007b.
Site do evento:
Disponível em: http://www.2enappe.ce.ufrn.br/enappe/?p=591. Acesso em: 01 maio 2016
Depois de um bom período ausente (em virtude de uma série de ocupações: trabalho, estudo, etc.) retomo minhas postagens, sobretudo a partir da perspectiva de que este canal deve sempre estar aberto para reflexões e discussões. Aos que se aventurarem serão sempre muy bienvenidos!
O artigo que trago à discussão é infelizmente mais uma constatação feita pelos órgão oficiais, consignando que a maioria de jovens que morrem em virtude de uma série de fatores que incrementam a violência no RN são jovens, negros e, sobretudo pobres.
O mapeamento feito pela SESED demonstra haver uma limpeza social e étnica daqueles que ao mesmo tempo que são vítimas, são algozes, pois se encontram em um estado de vulnerabilidade social difícil de ser revertido. Nesse sentido, sofrem e praticam homicídios às margens da ausência do Estado.
Em dias de luta pela redução da maioridade penal, uma política de encarceramento que pouco ou quase nada (re)socializa, transformando os internos em marginais altamente perigosos.
Abaixo a matéria da Tribuna do Norte para que tiremos nossas próprias conclusões se o Estado e a própria sociedade não estão se omitindo a esse estado de coisas.
A marca da discriminação racial está representada nas estatísticas da violência no Rio Grande do Norte. O perfil majoritário das vítimas não mudou entre 2014 e 2015: homem, jovem, pobre, negro ou pardo. Este ano, o número de pessoas negras mortas é quase o dobro dos assassinados de cor branca. Somados, negros e pardos representam 82,71% das vítimas de homicídios neste ano - ou seja, oito em cada dez mortos, segundo levantamento da Informações Estatísticas e Análise Criminal (Coine) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. No Estado, aponta mapa da Secretaria da Igualdade Racial e do IBGE, 5,2% das pessoas se declaram negros e 52,5%, pardos.
Marcelo LimaA Coine/RN faz o monitoramento espacial dos assassinatos no RN, identificando onde a violência cresce e onde ela recua
O mesmo levantamento mostra que apenas as mortes violentas de pessoas pardas cresceram em comparação com o ano passado: 14%. Nos outros segmentos étnicos houve alta redução. Por outro lado, das 1.649 mortes violentas deste ano, 44,75% são de jovens entre 12 e 24 anos - ou seja, quatro em cada dez assassinatos. O percentual se manteve praticamente estável se comparado com 2014: 44,60%. Assassinatos no Rio Grande do Norte 2015 - 1.649 mortes 2014 - 1.762 mortes Assassinatos por etnia Parda 816 (49,48%) Negra 548 (33,23%) Branca 278 (16,85%) Ignorados 7 (0,44%)
Assassinatos por gênero Homens 1540 (93,38%) Mulheres 109 (6,61%)
Dados: Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (Coine/RN) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed/RN). Para ler a matéria completa clique aqui.
Às vezes me pergunto: com tantos brasileiros (em números absolutos, em média 50 mil homicídios, por anos, a cada 100 mil habitantes), sendo impedidos de viverem em condições mínimas de subsistência, fico perplexo quando a nossa mídia e a sociedade brasileira se mobilizando contra mortes em outros países, que não chegam a 1% das que ocorrem no Brasil. Para ver dados na íntegra clique aqui
De forma alguma (enfatizo) desejamos a morte de qualquer pessoa, mas será que não damos destaque demais aos outros, enquanto aqui estamos literalmente nos digladiando???!!!
Para encerrar faço uma pequena citação do livro o "Vigiar e punir", de Michel Foucault, no qual ele faz uma advertência quanto à punição generalizada; "que as penas sejam moderadas e proporcionais aos delitos". (FOUCAULT, 2014, p.73) e um vídeo de Edson Gomes: "somos nós!"
Fontes: http://tribunadonorte.com.br/noticia/no-rn-82-7-das-va-timas-de-homica-dio-sa-o-negros-ou-pardos/334363. Acesso em 02/Jan/2015.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão (Trad).Raquel Ramalhete. Petróplis, RJ; 2014.