domingo, 8 de dezembro de 2013

Ausência de confiabilidade nas polícias no Brasil e no RN

Saudações Caríssimos (as)!

Infelizmente mais uma vez trago para discussão a problemática do descrédito por que passam as agências policiais no Brasil.  Ao escrever uma postagem dessas fico imaginando o que a pessoas devem pensar! Parecer até que fico apenas esperando acontecer mais um fato escandaloso para poder fazer uma publicação.

Ledo engano, ao contrário, fico vasculhando todos os jornais em busca de ações e/ou políticas na seara da segurança pública que possam ser replicadas, com o intuito de potencializar o enfrentamento da violência e da criminalidade no estado, oque, desafortunadamente, no Brasil, parece ser "procurar agulha num palheiro" (CAZUZA).

Nesse sentido é forçoso ler cautelosamente a matéria que se segue e tirar as próprias conclusões!


Confiança na polícia é baixa no RN

Publicação: 06 de Dezembro de 2013 às 00:00

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Estado com a terceira maior taxa de vitimização do Brasil, o Rio Grande do Norte não confia plenamente nas instituições responsáveis pela proteção do cidadão. Isso é o que indica a Pesquisa Nacional de Vitimização, divulgada ontem pelo Ministério da Justiça. O estudo foi realizado em duas etapas pelo Datafolha e acompanhado pelo Centro de Estudos da Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais. 

De acordo com a pesquisa, só 13,9% dos entrevistados disseram que confiam plenamente na Polícia Militar e 14,9% na Polícia Civil. Como consequência da falta de confiança no aparelho policial, o Rio Grande do Norte figura entre os Estados brasileiros com menor taxa de notificação dos 12 tipos de crimes incluídos na pesquisa, entre eles agressões, fraudes, ofensas sexuais, acidente de trânsito, roubo de objetos. 

No RN, 85,8% disseram que não prestaram  queixa. As maiores notificações estão relacionadas a bens que impactam  o dia a dia do cidadão ou as finanças domésticas, como roubo e furto de carros e motos. E mais: das pessoas que prestaram queixa nas delegacias do Rio Grande do Norte, 45% não ficaram satisfeitas com a atuação policial para resolução do problema.

O delegado geral da Polícia Civil, Ricardo Sérgio, não quis comentar a pesquisa  alegando que precisavam analisar os dados, fazer comparações entre critérios, indicadores, fontes e período da coleta dos dados. O promotor Edevaldo Barbosa também disse que precisava analisar os dados. Mas diante das informações passadas pelo repórter fez o seguinte comentário: “A pesquisa certamente é reflexo da ineficiência da segurança pública nessas áreas onde ela foi realizada, o que acaba estimulando a impunidade e a reiteração dos delitos.”

O coronel Araújo, comandante geral da Polícia Militar, disse que não tinha como fazer uma análise sem ler a pesquisa, mas lembrou que uma outra pesquisa, publicada há cerca de 10 dias pelo Fórum Brasileiro de Segurança, mostrava o Nordeste como uma das regiões menos violentas do país.

Os números mostram a necessidade da criação de mais serviços para que a população comunique à polícia quando for vítima de um crime, evitando a subnotificação. “Já há um alto conhecimento e uso do 190. O que nos traz surpresa é que as pessoas fazem pouco uso de alguns serviços que estão à disposição. É preciso que eles conheçam mais o 181, o Disque 100, as Ouvidorias e Corregedorias e tenham acesso a ferramentas mais imediatas para notificar os crimes”, afirmou a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki.

Sobre o baixo índice de confiança na polícia, ela disse que há dificuldade no acesso das pessoas a delegacias em diversas cidades. Segundo ela, as polícias precisam ter independência política. “Primeiro de tudo, sobre o que pode ser feito, é a formação e a capacitação continuada, para atender no dia a dia às demandas e aos interesses da sociedade e depois fazer com que a polícia entenda que ela faz a defesa da sociedade, e não do estado. A independência política das polícias é primordial”, disse Miki

Segundo Cláudio Beato, pesquisador do Crisp/UFMG, foi a primeira iniciativa deste porte feita no Brasil. “Ela quantifica e caracteriza 12 tipos de ocorrências passíveis de registro policial no país, revela a taxa de subnotificação para cada uma delas e mapeia incidências e frequência com que elas acontecem em cada unidade da federação e nas respectivas capitais”, explicou. 


E a pergunta que não quer calar! 

Que medidas o poder público e a sociedade precisam tomar para mudar esse estado de anomia social (DURHHEIM, 2001), ou será que permaneceremos por mais um longo período com as mesmas policitas imediatistas, sensacionalistas que dão visibilidade ao aparelho policial (ROLIM, 2009).

Referências:
DURKHEIM, Emilie. As regras do método sociológico. SP: Martin Claret, 2001.
ROLIM, marcos. A síndrome da rainha vermelha: policiamento e segurança pública no século XXI. Rio de janeiro: Jorge Zahar; Oxford, England: University of Oxford, Ceter for brazilian stadies, 2009.

CAZUZA - BRASIL

Saludos!

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