Com uma formação, extremamente, marcada pela doutrina do Exército Brasileiro, até os dias atuais, o Decreto-Lei Federal nº 667/1969, que reorganizou as Polícias Militares e, também, os Corpos de Bombeiros Militares, imprimiu/imprime a essas Corporações características muito mais militares do que policiais (SILVA, 2017, p 45).
Recrutas durante treinamento do corpo de guarda do curso de formação da PMMERJ
O suor pingava do meu rosto e escorria por baixo da camiseta branca e pelas pernas, sob as calças jeans e o forte sol da zona oeste do Rio. Fazia 33º C às 10h45 de 3 de janeiro, verão carioca. A partir daquele dia, era tecnicamente PM. Ficar de pé e em forma militar, desde as 7h30, nas posições de “sentido” e “descansar”, era o primeiro teste para 450 - mais nove se juntariam ao grupo - dos mais bem colocados entre 25 mil candidatos do concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Eu e os outros aprovados após sete meses de seleção, todos com até 30 anos e cabelos cortados à máquina, já estávamos ali havia mais de duas horas. Continuaríamos em forma ou correndo até as 14h30, sem alimentação e com breves intervalos para beber água: sete horas debaixo de sol, de calças jeans, camiseta e tênis. Às 8h15, um candidato balbucia que está passando mal. Está cinza e cambaleia. A imobilidade militar pode causar tontura, por falta de circulação do sangue. (GOMIDE, 2008).
Não obstante os fatos na abertura do capítulo estarem sendo descritos por um jornalista, demonstrando quão específica e sui generis é a formação militar, em particular, a policial-militar e, apesar de a narrativa se passar na Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), os mesmos poderiam ser na Polícia Potiguar, quiçá, às margens do rio Potengi . (SILVA, 2017, p. 46).
Com edital já lançado para 1000 policiais, a PMRN se prepara para receber, em breve, os aprovados (as) no concurso para o Curso de Formação de Praças (CFP), os quais permanecerão, em torno de 10 meses no Centro de Formação e Aperfeiçoamento da PMRN, adquirindo conhecimentos acerca da atividade policial-militar para poderei desempenhar a nova profissão.
Este concurso é o primeiro depois da mudança na legislação (Lei Complementar Estadual nº 613/2018), que passou a exigir escolaridade de nível superior para ingresso na corporação. Nesse contexto indaga-se: será que a PMRN fará uma formação mais profissionalizada ou ainda manterá os mesmos moldes de outrora, quando se norteava mais pelos princípios e regimentos do Exército?
Outro questionamento, também pertinente, é constatar se as políticas, ou pelo menos as ações da segurança pública no RN serão mais sistematizadas e preventivas, com medidas de médio e longo prazos, ou os gestores permanecerão com práticas meramente paliativas de uma polícia reativa, que só contribuem, aliado a outros fatores econômicos e sociais (históricos), para a banalização e aumento dos índices de violência e criminalidade no RN e no país?
Referências
SILVA, João Batista da. Pensando para além do currículo oficial.
In: Formação policial-militar no século XXI: diagnósticos e
perspectivas. Natal: Fundação José Augusto, 2017 (Coleção Cultura Potiguar).
______. Herói ou vilão: quem são os profissionais de segurança
pública brasileiros? Disponível em: http://ibsp.org.br/pensamento-socionormativo-da-seguranca-publica/heroi-ou-vilao-vitimas-ou-algozes-quem-sao-os-profissionais-de-seguranca-brasileiros/.
Acesso: 13 Jul. 2018.
POLICIAL MILITAR? OU MILITAR POLICIAL? DE QUE PROFISSIONAL VOCÊ PRECISA?
ResponderExcluirÉ uma questão polêmica, que se faz necessário um estudo mais amplo sobre a questão, porque há vários fatores que influenciam tal resposta.
Desse modo, não vislumbro minha resposta como ampla conficção, mas sim, com a visão da sociedade no mundo atual. A sociedade quer um Militar Policial, mas não um Policial Militar elas esquecem que ali existe uma vida que tem familiares, sonhos, objetivos e seus planos de vida. Elas querem apenas uma posição e não apenas uma solução de médio prazo.
FILME: 400 X 1 UMA HISTÓRIA DO CRIME ORGANIZADO
Esse filme mostra a evolução dos delinquentes tanto na organização dos crimes como também dos conhecimentos de seus direitos. Atrás uma evolução histórica enfatizando todas as décadas e seus destaques.
Esse presidio era chamado Instituto Penal Candido Mendes, ele era dividido por quadrinhas, zona sul, zona norte, zona rural e Rio de Janeiro. As pessoas da segurança nacional eram isoladas das comuns, ou seja, os crimes políticos tinha mais vantagens que os crimes comuns. Foi daí então, que começaram as reivindicações dos direitos violados dos apenados. Quem ficava de bobeira era “jantado” pela quadrinha do Jacaré a maior quadrilha da Ilha Grande. Porém do outro lado, aqueles que nem eram dos crimes políticos e nem da quadrilha do Jacaré, estavam organizando o maior assalto da história do Rio de Janeiro em 1980, ele foi realizado dentro de 5 minutos na Agencia, passaram semanas planejando cada detalhe para tudo sair nos conformes. O sistema reprimiu todas as reivindicações. Restanto vivo apenas William o único do grupo do qual nasceu o “comando vermelho” que após fugir foi apenas ele que voltou. O sistema deixou bem claro que ordem estava por conta deles, e que o sistema tinha o comando do Estado.
ALUNA: Idionara A. N. (FANEC).
POLICIAL MILITAR OU MILITAR POLICIAL? QUE POLICIAL A SOCIEDADE PRECISA? Assim, partindo desse pressuposto, a sociedade já esta fadada pela inécia do estado frente ao crescimento descontrolada da violência. Acostumada a ver uma policia meramente militar, a distancia entre sociedade e policia são fatores que contribuem e muito para o crescimento da violência na sociedade, A formação militar dentro das academias de policiais de nosso pais ainda são uma herança dos tempos sombrios dos governos militares, com treinamentos de guerra sempre na visão de uma possível conspiração contra o governo. Tais treinamentos induzem a esses policiais um tipo de policiamento reativo, sem nenhum treinamento para a criação de uma policia preventiva que trabalhe na causa para se amenizar o efeito. Essa conduta, hoje vista como ultrapassada ainda aterroriza na formação de policiais que venham a trabalhar junto a sociedade, levando em consideração que tais treinamentos nada condiz ao tipo de ação que os mesmos terão junto a sociedade. A qualificação na formação desses policiais é o grande calcanhar de aquilis para a formação de policiais com cultura cidadã, voltadas unicamente para proteção do cidadão. Para se ter uma Polícia cidadã, temos que passar a estabelecer junto a seus colaboradores (policiais militares) um treinamento dentro de suas academiais de formação do policial com tratamento humanizado, com instruções de valorização do homem quanto peça chave para uma evolução social e garanta acima de tudo a defesa de seus direitos e os direitos alheios. Desta forma, assim teremos por consequência uma sociedade mais amparada, e bem guarnecida. Visto que, fora desse contexto teremos apenas um emaranhado de homens e mulheres fardados vítimas de um sistema cruel e desumano que ha tempos vem sendo resistente uma formação de uma policia cidadã.
ResponderExcluirQUANDO NÃO SE VALORIZA UMA INTERAÇÃO SOCIAL, CRIAMOS UM SISTEMA DE GATOS E RATOS .
Beto Nazário
FILME 400 X 1 UMA HISTORIA DO CRIME ORGANIZADO
Um filme que se passa na década de 80, mostra uma penitenciária sem nenhum controle na ressocialização de seus apenados, onde em época com a prisão de pressos políticos e presos comuns como assaltantes de bancos e outras praticas criminosas facilitou uma união que contemporaneamente findou com a criação do "comando vermelho" com o que chamamos de facções criminosas ou governo paralelo do trafico. Essa união nessa época trouxe ao crime local uma organização de suas praticas criminosos e também estabelecendo um conhecimento de seus direitos enquanto apenados transitados e julgados na luz de nossas leis.
Aluno da pós graduação FANEC: Gilberto Nazário do Nascimento (Beto Nazário)
POLICIAL MILITAR? OU MILITAR POLICIAL? DE QUE PROFISSIONAL VOCÊ PRECISA?
ResponderExcluirA sociedade precisa de um profissional da segurança, que lhe transmita segurança, que a sociedade lhe veja com um amigo e não como um inimigo.
Portanto, a sociedade precisa de um policial militar e não de um militar policial, porque quando o policial é mais militar que polícia, ele com certeza vai deixar de lado seu lado humano, com isso terminar esquecendo que em toda história existem um contexto e diante disso terminara ferindo direitos fundamentais de toda uma sociedade.
FILME: 400 X 1 UMA HISTÓRIA DO CRIME ORGANIZADO
O filme mostra o ponto de vista de um líder de uma organização criminosa e bem violenta que surgiu nos anos 80, que foi todo o início do Comando Vermelho. Onde seus idealizadores utilizaram da inteligência, força e violência não só para fugir da prisão, mas também para realizares vários assaltos a banco, com isso se fortalecendo.
400 x 1, mostra uma realidade que até hoje continuar do nosso sistema prisional. Diante das dificuldades pelas quais os presos passavam, como a falta de item básicos para higiene pessoal e até mesmo comida. Surge a organização criminosa, que no início era chamada de Falange Vermelha, que chegar para preencher a lacuna que e deixado pelo estado, em que os presos inicialmente buscavam com a formação do grupo, condições dignas para todos que se encontrava naquele presidio.
Mostra também o ambiente tenebroso que é o nosso sistema prisional, diante de toda e constante negligência por parte de nossos governantes. Diante de toda a situação gostaria de expor minha opinião, que seria, todo ser humano deveria um dia ser obrigado a entrar em presídio, com isso ele exercitaria sua humanidade diante de tal realidade que é o nosso sistema prisional, mesmo que não conhecesse na vivência, mas conheceria pelo olhar, tenho certeza a partir desde modo não julgaria uma realidade que nunca viveram.
Aluno da Pós Graduação FANEC: SILVA. João Bosco