quarta-feira, 16 de maio de 2012

Visita da IGPM à PMRN

Bonjour mes amis!

J'espére que vous soyez bien!

Moi, je suis  très malade (É a velha e famigerada dengue)!

Mes amis, segue logo abaixo a matéria postada no Blog do Comandante Geral da PMRN, que retrata a visita do Inspetor Geral das Polícias Militares, o General-de-Brigada César Leme Justo. A palestra proferida pelo General Leme foi fechada aos círculos de Oficiais Superiores da PMRN e sua síntese segue descrita abaixo, pelo próprio Cmt Geral, Cel Araújo:
Na manhã desta terça-feira (15/05), a Polícia Militar recebeu no QCG, com todas as honras militares, o General-de-Brigada César Leme Justo – 3º Subchefe e Inspetor-Geral das PM e CBM, acompanhado do General Ignácio – Comandante da 7ª Brigada, e comitiva. O General Leme foi recepcionado por todos os Coronéis PM, passou em revista a tropa e, em seguida, deslocou-se para o Auditório, onde estavam os Oficiais Superiores da Polícia Militar aguardando a sua explanação e a apresentação do Comandante Geral sobre a Instituição.
Em seu discurso, o Oficial General apresentou a missão constitucional da IGPM e suas atribuições, enfatizando a integração entre as Forças Auxiliares e o Exército Brasileiro. “A interação deve ser permanente”, declarou o General César Leme.
 A inspeção prosseguiu com visita ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública – CIOSP, com a apresentação das instalações e da tecnologia utilizada para a segurança pública e a defesa do cidadão.
Por fim, O General-de-Brigada Leme e comitiva almoçou no Clube dos Oficiais da Polícia Militar, acompanhado do Secretário de Segurança Pública, Dr. Aldair, os Comandantes Gerais da PM e BM, além dos Oficiais Superiores da Corporação.

Pensando para além da Inspeção supramencionada, não se pode deixar de mencionar que a recente história nacional nos mostra que saímos de um regime ditatorial há cerca de três décadas, no qual o país vivia um Estado totalitário, como assim o foi boa parte dos países sul americanos. No nosso caso, em particular, o regime ditatorial a partir de 1964 deixou algumas sequelas no sistema de segurança pública, especialmente, no que concerne às Polícias Militares, visto que, com o advento da Inspetoria Geral de Polícia Militar (IGPM), instituída pelo Decreto Federal nº 667/69, estas que já eram consideradas reservas do Exército Brasileiro (EB), conforme a Constituição de 1934, tiveram ainda mais seu controle reforçado.

De acordo com a citada lei, as corporações militares estaduais ficaram sob a fiscalização direta do EB, no tocante à aquisição de materiais e equipamentos, armamentos, aumento de efetivos, bem como a formação do profissional de segurança pública (nomenclatura esta que só viria ser criada a partir de 2003, com o advento da MCN).

Partindo desse pressuposto, as corporações policiais militares, que nesse ínterim, ainda contavam com os Corpos de Bombeiros[1] em sua estrutura organizacional, vivenciaram um choque cultural, pois como até hoje está preconizado na atual Constituição Federal, no parágrafo 6º, do artigo 144, afirmando que: As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército [...]. Ou seja, como defende Jacqueline Muniz (2001), as polícias militares brasileiras vivem em permanente crise de identidade, pois o fantasma do verde oliva, ainda ronda o imaginário dessa Corporação (Polícias Militares) que estaria muito mais afeta à segurança pública, à segurança nacional.

No entanto, noutra perspectiva destaca Silva (2011), que apesar de algumas estigmas que pesam sobre os ombros da Segurança Pública, em particular nos das PMs, é forçoso enfatizar aqui, que não se pretende com essa teoria desqualificar, nem tampouco menosprezar o valioso processo doutrinário de procedimentos administrativos e operacionais que fora (e ainda o são) transmitidos às PPMMs, pelo Exército Brasileiro.

Consequentemente, também não se intenta culpar àquela Instituição, que tantos relevantes serviços têm prestado à Nação Brasileira, pelo caos que parece, por vezes, estar estabelecido em algumas cidades brasileiras, no tocante à segurança pública. Contudo, enfatiza-se que na nossa concepção, bem como de outros tantos estudiosos na área da segurança pública, por excelência, o nosso mister policial militar diverge, daquele da segurança nacional, o qual se entende ser proteger o país de um “inimigo externo”.

Nessa mesma esteira, concordam tantos outros pesquisadores (e nós também), que a história da tragédia da segurança pública no nosso país se explica, em parcela significativa, pela inércia do sistema de justiça criminal, que não se envolve nas questões correlatas, somada à falta de mobilização popular, que parece se um mal secular no país.

Por fim, como pensam alguns oficiais, tanto da PMs, bem como das Forças Armadas, mesmo com a dinamicidade evolutiva da sociedade, a questão identitária em crucial e fundante para manutenção (sobrevivência) de qualquer que seja a instituição, seja ela militar ou não. Nesse diapasão, leia-se as grandes empresas mundiais: Coca-cola, MC Donald, Petrobras, Microsoft, etc. necessitam, sob o pretexto de estarem fadadas a sucumbir, manter as suas identidades, mesmo que se adequando, em determinadas circunstâncias, às novas demandas sociais!


A bientôt! 


[1] A maioria dos Corpos de Bombeiros no Brasil já obteve sua emancipação das Polícias Militares. Na concepção de estudiosos, da qual se entende ser a mais plausível, os Corpos de Bombeiros tem missão, eminentemente de defesa civil, divergindo, em todos os aspectos da missão constitucional das Polícias Militares, que é o policiamento ostensivo. Nessa perspectiva, as Polícias Militares, também divergem completamente da missão constitucional das Forças Armadas, especificamente, do Exército, donde se copiou a estrutura organizacional e o ideário de formação, assunto que se tratará com mais vagar nos capítulos subsequentes.  No RN, a emancipação do Corpo de Bombeiros se deu com a Lei Complementar nº 230, de 22 de março de 2002, que dispõe sobre o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte, fixa o efetivo da Corporação e dá outras providências.


Para um maior aprofundamento ver:  

MATTA, Allayn Neves da; SILVA, João Batista da. Políticas de educação na polícia militar : análise e proposta de reformulação na estrutura organizacional de ensino do Estado do Rio Grande do NorteMonografia 95f. (Especialização) – Academia de Polícia Militar “Cel. Milton Freire de Andrade”. Curso de Especialização em Segurança Pública e Gestão em Polícia Ostensiva. Natal.

MUNIZ, Jacqueline. A crise de identidade das Polícias Brasileiras: dilema e paradoxos da formação educacional. Center for Hemispheric Defense Studies. REDES, 2001.



Nenhum comentário:

Postar um comentário