sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Retomando a banalização da Educação brasileira!

Antecipadamente agradeço o e-mail, que gerou esta postagem, o qual nos foi enviado pelo policial e educador, Sairo Rogério, TC- PMRN.




Quando falamos em violência, não estamos apenas tratando daquela visível e física, mas todas àquelas que prejudicam a sociedade, de uma forma geral. (Palavras de Bourdieu! Ou seja, a violência simbólica, pois, nesse aspecto, faz transparecer à população brasileira que o nível de escolarização vem aumentando).

Nessa mesma perspectiva, nos perguntamos: será?! E a que preço!?

Ou sob outro prisma! Será que não está se inserindo aí a comercialização da Educação, banalizando-se o ensino, em todas as esferas e, sobretudo, a Educação superior, com a criação de inúmeros curso de graduação, totalmente sem critério, e sem citar os de pós-graduação, os ditos Master business in administration, o famigerado MBA, que dista, significativamente, daqueles oferecidos em outros países, os quais, inclusive, são stricto sensu, e não lato sensu, como os oferecidos no Brasil.


Alargando um pouco mais a discussão, enfatiza-se que atualmente ocorre um fluxo inverso na busca pela formação "acadêmica".


Dados do IBGE, IDEP, Instituto Anísio Teixeira, entre outros apontam que ocorre uma "elitização"  da universidade pública, onde nos principais cursos, só conseguem entrar os estudantes oriundos dos melhores colégios privados, e que, nas universidades e faculdades privadas, ingressam os egressos das escolas públicas, que não conseguiram passar no vestibular,  inclusive, pagando uma parcela significativa dos seus salários para adquirir o seu tão sonhado "canudo". 


Nesse aspecto, é interessante frisar, também que os últimos programas do governo federal têm possibilitado esse acesso. Mas, fica a indagação: não seria mais razoável investir no ensino público, em todas as suas esferas, a fazer investimentos robustos no ensino privado!!???


Abaixo segue um dado importante sobre a temática.


Em um universo de 1.210 cursos de Direito existentes no Brasil atualmente, apenas 90 cursos, ou 7,4%, acabaram sendo recomendados pelo Selo OAB para atestar a ensino jurídico satisfatório. O anúncio foi feito, nesta quarta-feira (23/11), durante do lançamento do Selo OAB na XXI Conferência Nacional dos Advogados, que acontece em Curitiba.
Do total de cursos de Direito do país, 791 foram avaliados depois de preencherem os pré-requisitos de ter participado dos três últimos Exame de Ordem unificados, sendo que cada um precisou ter, no mínimo, 20 alunos participando de cada Exame. Em seguida, para apurar os 90 cursos de qualidade recomendada, a Comissão Especial, integrada por advogados, que são professores e especialistas em educação jurídica, utilizou como instrumentos de avaliação uma ponderação dos índices obtidos por eles em aprovação nos Exames de Ordem (2010.2, 2010.3 e 2011.1) e no conceito obtido no último Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2009.
Dentre as 27 unidades da Federação que tiveram seus cursos de Direito avaliados, dois Estados não tiveram nenhum recomendado: Acre e Mato Grosso.
No Rio Grande do Norte, apenas a UFRN, a UERN e a FARN obtiveram o Selo OAB, sendo reconhecidas como instituições com ensino jurídico satisfatório.

Para saber mais sobre violência simbólica leia:
BOURDIEU, Pierre. Uma sociologia reflexiva. In. O poder simbólico. Rio de janeiro: Bertrand do Brasil, 1989.

Logo a seguir veja um vídeo do Martinho da Vila, que retrata a saga do trabalhador brasileiro à busca de uma formação universitária: "O pequeno burguês". 


Vale apena conferir! 






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