segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Violência doméstica e suas várias formas de manifestação!

Muito se tem falado de que o Brasil é um país pacífico, de como as pessoas são cordiais...mas, quando lemos nos jornais e através de instituições que estudam e fazem diagnósticos acerca da violência, percebe-se que esta realidade é bem diferente!


Logo abaixo segue uma matéria do DN, que reflete bem essa realidade, voltada, desta feita, para à violência contra a mulher...


Nesse sentido, enfatiza-se que se deu mais ênfase a esse tipo de violência,  havendo um maior esclarecimento, em virtude da aprovação da Lei Federal nº 11.340, conhecida popularmente por Lei Maria da Penha:


Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.(BRASIL, 2006).


Vejam o que apontam os dados e quais são a novas políticas e ações sociais que permeiam esse tipo particular de violência.




A Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 registrou 530.542 ligações até outubro deste ano. Ao todo, foram contabilizados 58.512 relatos de violência - 35.891 de violência física; 14.015 de violência psicológica; 6.369 de violência moral; 959 de violência patrimonial; 1.014 de violência sexual; 264 de cárcere privado; e 31 de tráfico de mulheres.


Daniel Ferreira/CB/D.A Press
Um dos dados que mais chama a atenção, de acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, é o que mostra que a violência moral e a violência psicológica, juntas, representam 34,9% do total de ligações. O balanço revela ainda que a maior parte das mulheres que entrou em contato com o Ligue 180 e que é vítima de violência tem entre 20 e 40 anos, ensino fundamental completo ou incompleto e convive com o agressor há pelo menos dez anos. Ao todo, 82% das denúncias são feitas pela própria vítima.

Ainda segundo o levantamento, 44% das mulheres que entraram em contato com o serviço declararam não depender financeiramente do agressor e 74% dos crimes são cometidos por homens com quem as vítimas têm vínculos afetivos/sexuais (companheiro, cônjuge ou namorado). Em números absolutos, o estado de São Paulo lidera o ranking nacional com 77.189 atendimentos, seguido pela Bahia (53.850) e pelo Rio de Janeiro (44.345).

Quando considerada a quantidade de atendimentos relativa à população feminina por estado, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com 792,6 atendimentos para cada 100 mil mulheres, seguido pelo Pará (767,3) e pela Bahia (754,4). Entre abril de 2006 e outubro deste ano, o Ligue 180 registrou 2.188.836 atendimentos. Desde janeiro de 2007, quando o sistema foi adaptado para receber demandas sobre a Lei Maria da Penha, a busca por esse tipo de serviço totalizou 438.587 ligações. De acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, a Central de Atendimento à Mulher é um serviço de utilidade pública de emergência, gratuito e confidencial, que funciona 24 horas todos os dias da semana - inclusive finais de semana e feriados. 


Fonte: http://www.diariodenatal.com.br/2011/11/26/brasil1_0.php

Logo abaixo um vídeo, como de praxe, que remete à questão!!!!

Boas reflexões, bons comentários and have a nice week!!!



Continuamos indicando as teorias acerca da temática de Pierre Bourdieu (já citado, nas postagens anteriores) e acrescentamos:

SOUZA, Jessé. A construção social da subcidadania: para uma sociologia política moderna e periférica.UFMG, Rio de Janeiro; UPERJ, 2003.

2 comentários:

  1. Violência doméstica.

    "- Você não quis casar com ele, então aguente! Fala a mãe para a filha.
    - Ruim com ele, pior sem ele. Continua. A filha se pergunta, se eu deixá-lo, como vou criar meu filho?
    - Se você quiser eu falo com seu pai, pra você voltar pra casa!
    - Você eu aceito, mas filho daquele cachorro eu não crio! Responde o pai.
    - O que eu faço? Sozinha não tenho como criar meu filho..."

    E assim mais dois filhos nasceram... e com o nascimento do último a violência cessou, mas o trauma persiste, tanto para a vítima quanto para seus filhos.

    Violência, diga não!

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  2. Thanks my friend!!!

    Infelizmente o Brasil parece que só está bem nas estatísticas, quando são fatos que penalizam nossa população.

    Apesar de muito do que já se fez (com a institucionalização da Lei Maria da Penha, dentre outras, políticas e ações sociais), muito ainda há por se fazer.

    Nessa perspectiva, entende-se que a rede institucional que possibilita a operacionalização da referida Lei ainda precisa implementar outras ações para uma melhor apoio às vítimas desse tipo de violência.

    Portanto, a responsabilidade social de várias instituições e de profissionais ligadas à área é muito grande, bastando para isso que todos tenham um real engajamento.

    UM forte abraço!!

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